sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Embrapa apoia chilenos em zoneamento climático

Entre os dias 23 e 26 de novembro, o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Jorge Tonietto recebeu os pesquisadores chilenos do INIA, Antonio Ibacache e Leoncio Martinez, e Carlos Montes, do Centro de Estudos Avançados de Zonas Áridas. A visita teve como objetivo conhecer as metodologias de zoneamento climático desenvolvidas pela Embrapa para uso mundial, com vistas a sua aplicação no projeto de zoneamento climático da região de produção de Pisco, produto destilado do vinho, produzido na zona de denominação de origem, compreendida entre as latitudes 26º e 32º do território chileno.

La Serena, que fica ao norte do Chile (3ª e 4ª região), é a única zona de produção autorizada para a produção do Pisco do país. Possui uma área de aproximadamente 1.400 km² onde estão plantados cerca de 10 mil hectares de uvas moscatéis para produção de Pisco. Segundo os visitantes, essa área possui particularidades climáticas, ou seja, diferenças climáticas que ainda não foram estudadas. “Através de incentivos por parte do governo Chileno e com o apoio da Embrapa surge a oportunidade de entendermos melhor as características climáticas da zona produtora de Pisco”, comentou o pesquisador Antonio Ibacache.

De acordo com os visitantes, a região produtora de Pisco é composta de pequenas zonas dentro de uma grande zona de produção e a ideia é aplicar a metodologia do Sistema de Classificação Climática Multicritérios Geovitícola (CCM Geovitícola) para poder caracterizar os diferentes climas dentro dessa região. Em uma visita acompanhada pelo analista da Embrapa Uva e Vinho João Carlos Taffarel (dia 26), os visitantes chilenos conheceram duas vinícolas no Vale dos Vinhedos, uma estação de coleta de informações da rede Terroir da Embrapa, vinhedos de Monte Belo do Sul, áreas de produção em Farroupilha e o Laboratório de Referência em Enologia do Rio Grande do Sul (LAREN).

Para os pesquisadores chilenos, não restam dúvidas sobre o funcionamento do processo utilizado no Brasil. “Voltamos tranquilos e seguros de que vamos conseguir implantar essa metodologia em nosso país”, afirmou Ibacache. A visita também serviu como um referencial de compromisso com o pesquisador Tonietto, que deve revisar toda a implementação do projeto no Chile. Além disso, para os chilenos, a parceria entre INIA e Embrapa abre caminhos para projetos futuros e novas zonas de produção. Cabe referir que o Vale Central de Tarija, na Bolívia, recentemente utilizou com sucesso a consultoria da Embrapa Uva e Vinho para esta tecnologia, com vistas ao zoneamento climático desta região vitivinícola de altitude e para avançar no desenvolvimento de indicações geográficas de vinhos e singanis.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa Uva e Vinho

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