A Câmara Setorial da Vitivinicultura encaminhou oficialmente, nesta quinta-feira (11), ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a contrariedade do setor ao acordo firmado pelo Mercosul há mais de uma década com o Chile, que prevê redução progressiva da tarifa de importação de vinhos finos. A moção foi aprovada por unanimidade na 17ª reunião da Câmara Setorial, realizada nesta quarta-feira (10), em Brasília. Pelo Acordo de Complementação Econômica nº 35, o produto daquele país passou a ser colocado nos mercados do Mercosul, em 2005, com taxa de 27%. Hoje o percentual é de 4,59%, 83% menor, e deverá cair a zero em 2011. “A situação é preocupante, pois hoje mercado é diferente. Se os termos não forem revistos, o risco para os investimentos feitos pelo setor no Brasil será muito grande", afirma o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani.
Uma alternativa para ser negociada é a abertura de novos nichos de mercado para o Chile como compensação. "Eles exportam poucos produtos para cá. A balança comercial é muito favorável ao Brasil", observa Paviani. Somente no ano passado, o Brasil importou 22,5 milhões de litros de vinho fino chileno. O produto representa 38% dos 59 milhões de litros importados em 2009 e é 25% maior do que toda a venda do produto nacional, de 18 milhões de litros. Apesar de o vinho nacional ter ampliado em 12% o volume de vendas no ano passado, há necessidade de seguir crescendo. A meta para 2010 é ampliar a fatia do vinho brasileiro no mercado interno, hoje de 24,4% do total.
Fonte:Assessoria de Imprensa do Ibravin/OAJ Comunicação e Marketing
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
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