segunda-feira, 15 de março de 2010

Embrapa Uva e Vinho presente na Expodireto Cotrijal

Uvas de mesa sem sementes, variedades de uva para elaboração de suco e Indicação de Procedência de Vinhos são algumas das tecnologias que serão apresentadas pela Embrapa Uva e Vinho, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, durante a 11ª Expodireto Cotrijal, de 15 a 19 de março, em Não – Me-Toque (RS).

Novas cultivares
Desde 1977, a Embrapa Uva e Vinho conduz o Programa de Melhoramento voltado para a obtenção de cultivares para consumo in natura ou elaboração de vinho e suco, buscando atender as demandas de produtores e consumidores.

As novas cultivares são adaptadas às condições brasileiras, mais resistentes às principais doenças e também apresentam características e qualidades demandadas para as diferentes finalidades, seja com maior coloração ou produção precoce.

Uvas de Mesa sem sementes

O público poderá conhecer as três primeiras cultivares de uvas de mesa sem sementes brasileiras (BRS Clara, BRS Linda e BRS Morena), desenvolvidas, depois de sete anos de pesquisas, especialmente para o solo e o clima brasileiros. Essas variedades estão conquistando não apenas o público brasileiro como já estão sendo exportadas para diversos países.

A BRS Clara é uma cultivar vigorosa e fértil. Destaca-se pelo sabor moscatel (suave e agradável), pela coloração verde-amarelada e pela textura crocante de polpa. Mais informações.

A BRS Linda é uma cultivar vigorosa, tem coloração verde, preferida por certos mercados como a Grã-Bretanha, e alta fertilidade. O sabor é neutro, bem aceito pelo consumidor brasileiro, que normalmente prefere frutas menos ácidas. A acidez e o açúcar baixos permitem sua caracterização, para efeito comercial, como uma uva menos calórica. Mais informações.

Já a BRS Morena, é uma cultivar precoce, com alta fertilidade, vigor moderado. Possui um ótimo sabor (com bom equilíbrio entre açúcar e acidez) e polpa com textura firme e crocante. Mais informações

Novas alternativas de uvas para suco

Isabel Precoce

A cultivar BRS Isabel Precoce é uma alternativa para a vitivinicultura brasileira, voltada à elaboração de vinho de mesa e de suco de uva. Quando cultivada em regiões tropicais, mantém-se a relação de aproximadamente 33 dias de antecipação em relação à cultivar Isabel. Mais Informações.

BRS Violeta

A BRS Violeta é uma cultivar de uva para suco e vinho de mesa, bem adaptada à região Sul do Brasil, sob condições de clima temperado e subtropical, como também, em regiões tropicais. Ela tem alta fertilidade, normalmente com dois cachos por broto, o que lhe dá elevada capacidade produtiva. Mais Informações.

Concord Clone 30

A Concord Clone 30 é um clone precoce da cultivar Concord, cujas características gerais de comportamento, produção e qualidade da uva são as mesmas da cultivar original, porém a maturação é antecipada em cerca de duas semanas. Essa variedade é especialmente indicada como alternativa para antecipar e prolongar o período de produção e processamento de uvas para suco. É indicada para a elaboração de suco pela sua característica de aroma. Mais Informações.

BRS Cora

A BRS Cora é uma cultivar adaptada a climas tropicais. Possui alta produtividade e apresenta ciclo médio, um pouco antecipado em relação à ‘Isabel’. Como origina sucos de coloração intensa, ela pode ser usada para a melhoria da coloração de sucos deficientes nesse atributo. Mais Informações.

BRS Carmem

A BRS Carmem tem como principal característica a colheita tardia. Esse fator deverá ser determinante para a adesão de seu cultivo, por possibilitar o rodízio no processamento Destaca-se pelo sabor típico de Vitis labrusca, produzindo suco e vinho de cor violácea intensa, com características de aroma e sabor lembrando framboesa, similar ao obtido com a cultivar 'Bordô'. Mais informações.


Indicação Geográfica


A Indicação Geográfica representa um novo patamar na produção, organização e comercialização de produtos agropecuários, no qual a qualidade é assegurada pela obtenção do registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Num trabalho conjunto entre a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos(Aprovale), a Embrapa Uva e Vinho e a Universidade de Caxias do Sul, foi obtido em novembro de 2002, a primeira Indicação Geográfica brasileira: o Vale dos Vinhedos.

“Ver o Vale dos Vinhedos transformado num território reconhecido pela excelência da produção de vinhos traz uma satisfação enorme. É ver o papel da Embrapa atingido na sua plenitude, o que gratifica toda a equipe que trabalha nestes projetos”, comenta o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Jorge Tonietto. O pesquisador destaca que os resultados positivos estimularam a organização de novas associações de produtores de vinhos que também estão buscando este diferencial. “Este potencial pode ser apropriado por inúmeros produtos de regiões específicas da agropecuária brasileira. Alguns já são reconhecidas no Brasil, como o café do Cerrado Mineiro, a carne bovina do Pampa Gaúcho e a cachaça de Paraty.”, conclui o pesquisador que é uma das maiores autoridades nacionais no tema.

A partir da experiência obtida, a Embrapa Uva e Vinho, em cooperação com outras instituições, executa atualmente diversos projetos em outras regiões produtoras de vinhos, como Pinto Bandeira e Monte Belo na Serra Gaúcha, e também apoia projetos de outros produtos agropecuários que buscam essa distinção.

O que a Indicação de Procedência mudou no Vale dos Vinhedos:


Aumento no número de turistas, de 45 para 153 mil visitantes;
O número de de vinícolas e empreendimentos turísticos associados à Aprovale aumentou de 6 para 30.
A produção aumentou de 6 para 12 milhões de garrafas de vinhos por ano.
A tecnologia nos vinhedos e nas vinícolas galgou um novo patamar qualitativo para assegurar qualidade e competitividade.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa Uva e Vinho

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